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Victor Tarcha

Victor e Soraya

Victor Tarcha nasceu em São Paulo (SP) no dia 15/03/1935. Faleceu em São Paulo em 1º/06/2002.

Casado com Soraya Abib Tarcha. Tiveram três filhos: Vitor, Ricardo e Karina.

Soraya nasceu em São Paulo em 12/01/1939. Faleceu em Sorocaba em 14/06/2003.

Pão sírio com manteiga, nozes e pistache: quanta gostosura!

Das lembranças que Renato tem do tio Victo, uma das mais marcantes é a respeito do empório São Jorge.

Renato não sabe precisar quando a avó Olinda abriu uma boutique na garagem da Rua Afonso de Freitas, 668. Talvez tenha sido durante a onda da Jovem Guarda. Algumas pessoas ajudaram a montar a boutique dando em consignação camisas do tio Tufik, marido da tia Matil. Também recebeu ajuda do tio Victor, que já estava casado com a Suraya, que era uma das donas do Empório São Jorge.

Aliás, esse casamento deu o que falar, pois a família da Suraya, que era dona do Empório achava que tio Victor iria se aproveitar dessa situação, mas o fato é que, apesar da reprova familiar inicial, tio Victor deu uma ótima mudada no visual da empresa e alavancou as vendas.

Contudo, após o casamento de tio Victor com Suraya houve uma ruptura nas relações das famílias. O motivo foi que o pai da Suraya faleceu e deixou o espólio para ser administrado pela família. Foi nesse período que tio Victor saiu da família e negociou a loja Frutshop, uma das primeiras delicatéssen do Brasil. Tio Victor montou uma importadora de comidas e bebidas finas. As prateleiras da Frutshop tinham vinhos, whiskey e queijos de vários lugares do planeta. Meu pai sempre fazia compras lá e tio Victor aceitava cheque pré-datado. Eu também fazia compras com o tio Victor e fazia questão de pagar, porém ele não descontava os cheques, mas eu não gostava muito desse procedimento.

Quando o tio Victor tomava conta do empório, Renato pôde curtir comer pão sírio saindo do forno com manteiga Aviação. O pão parecia uma bola e à medida que esfriava, tomava o formato do pão que a gente conhece.

Esse Empório ainda existe, e a última vez que Renato passou por lá, há uns 3 anos, viu que virou restaurante self-service, porém ainda tem as prateleiras repletas de pistaches, tâmaras, snoubar – sementes muito utilizadas na culinária sírio-libanesa –, nozes graúdas e descascadas, arak – bebida incolor com sabor de anis, mas que adquire cor branca ao ser adicionada água ou gelo –, quibes, esfihas, zatar e outras gostosuras. Nesse dia em que Renato fez a visita, Abraão, cunhado do Victor (que era casado com Suraya), estava lá e viu que ele continua o mesmo figura de sempre. O filho Ricardo com a esposa é que estão tocando o comércio atualmente.

 

Para saber mais sobre Renato, suas  crônicas e recordações, acesse sua página da Família Kairalla

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